segunda-feira, 6 de julho de 2015

Aqueles que nunca realmente existiram

            “A maioria das pessoas nasce póstuma.”; essa expressão me encantou desde a primeira vez que a vi, e o motivo não é muito difícil de compreender.
            Eu, que sempre fui um observador atento, possuía essa expressão em suspenso na minha mente; ela permanecia escondida, ainda desconexa, até que me deparei com um livro escrito por Nietzsche, que fez com que essa expressão emergisse cheia de potência, na minha mente. O texto era preciso, consciente, e a frase no fim expressou, de modo sucinto, tudo aquilo que o autor queria dizer.
            O ser humano é uma espécie rara, e em extinção; a chandala domina o mundo, cria valores e afugenta todos aqueles que tenham o mínimo de consciência. A realidade é reservada para os indivíduos póstumos, que já nasceram mortos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário